“Alguma coisa nos acontece, nos chega pelo lado de baixo, por baixo, chegando àquilo que chamamos o debaixo da arte, isto é, algo acontece ao suporte da obra, à sua substância, ao seu subjétil." (Derrida, 2012, p.281)
O tapete é um rizoma, sem centro ou estrutura, um espaço "entre" que se polariza e activa, através de uma acção promotora de transformação, para lançar esse espaço para fora, criando uma relação dinâmica entre conexões e reconexões. Do entrelaçar dos fios se faz teia, das formas imagens, das cores intenções, das tramas nós. O tapete demarca um espaço, dentro e fora dele, onde tudo se tece sem pressão de ser produto.
Estas conversas performáticas, constituem, cada uma delas, um contributo para o entendimento das práticas artísticas, dos seus interstícios, dos seus debaixos, e também, a aproximação da realidade de trabalho dos artistas no seu mundo com a comunidade artística.
Tirar o tapete ao artista e desvendar as suas questões e procuras, sonhos e realidades que vivem e existem no acumular de pesquisas.